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domingo, 16 de setembro de 2012

Desejos...

Chegaste até mim num halo de tardia claridade
como um anunciar de eterna madrugada.

Trazias nas mãos o adivinhar de um tempo sem nome
e nos lábios as palavras plenas e redondas ávidas de beijos…

Agora… sinto a aridez da sede,
a falta das tuas palavras rasgando silêncios,
o brilho dos teus olhos rompendo a escuridão.

Vem! Para que o desejo não sucumba ao eco da solidão
que trazes no incêndio dos teus olhos…


Do querido, Albino Santos




domingo, 2 de setembro de 2012

Sentidos.

É tão bonito quando nossos olhos se encontram
(Iniciando nosso deleite encarnado,
reconhecendo a melhor forma (a nossa) de delírio carnal)
e a boca cresce num desejo de virar um.

E quando esse desejo
(rasgado
rebelde
transgressor)
invade sem avisar
se permitindo inundar.

Tu, corpo e pele que me toma,
permissiva,
sem pudor nenhum.

Se faz dentro de mim.
E quando vai, leva todos os sentidos que sentimos.


Edu Soares e Patrícia Rocha