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sábado, 24 de novembro de 2012

Sempre a sua espera.


Tenho a maçã, o pecado e o veneno que tu queres
Tenho a faca da vida e a lança da morte
Tenho o amor
Aquele que se abre no toque e se eterniza no gozo
Tenho nos lábios o gosto do teu prazer
Porque ao senti-lo em mim me sinto renascer
Sou sua no princípio, no meio e no fim
No beijo ardente de antes e na cama quente do depois
Em seu corpo me derramo, transbordo e
Me deleito
A cada noite sempre a sua espera.





Poema delícia da minha querida amiga, Renata Rezende.

Seu blog: http://meusreversos.blogspot.com.br/, lugar lindo! =)



quinta-feira, 18 de outubro de 2012

domingo, 16 de setembro de 2012

Desejos...

Chegaste até mim num halo de tardia claridade
como um anunciar de eterna madrugada.

Trazias nas mãos o adivinhar de um tempo sem nome
e nos lábios as palavras plenas e redondas ávidas de beijos…

Agora… sinto a aridez da sede,
a falta das tuas palavras rasgando silêncios,
o brilho dos teus olhos rompendo a escuridão.

Vem! Para que o desejo não sucumba ao eco da solidão
que trazes no incêndio dos teus olhos…


Do querido, Albino Santos




domingo, 2 de setembro de 2012

Sentidos.

É tão bonito quando nossos olhos se encontram
(Iniciando nosso deleite encarnado,
reconhecendo a melhor forma (a nossa) de delírio carnal)
e a boca cresce num desejo de virar um.

E quando esse desejo
(rasgado
rebelde
transgressor)
invade sem avisar
se permitindo inundar.

Tu, corpo e pele que me toma,
permissiva,
sem pudor nenhum.

Se faz dentro de mim.
E quando vai, leva todos os sentidos que sentimos.


Edu Soares e Patrícia Rocha


terça-feira, 14 de agosto de 2012

Dentro.

Te quero dentro. No úmido de mim...
Transformando o lugar. Saboreando esse lar que foi feito para ti.

Patrícia Rocha


segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Verso do Só.

Quão me atinge ser de longe
De teu suspiro violento
Me endoideço - feito monge
N’oração que, intensa, range
O altar do pensamento

Que infortúnio é a distância
Ao criar esse tabu
Me permanece na ânsia
De me perder na fragrância
Que envolve teu corpo nu

Até o aperto de teus dedos
Que na madrugada praticas
me tomam; Que mãos de rochedos!
A saudade me despe os segredos
O corvo da ausência me bica

Quem me dera teu tenro calor
Transformando saudade em ardor
E o tempo do “só” derretido

Para enfim preencher a noite, amor,
- estarrecido
Com o eterno silêncio de teu gemido.

Do querido, Thuan Bigonha de Carvalho.

Mais poesias no Blog: Um Abrigo Para Seu Refúgio.
http://thuancarvalho.blogspot.com.br/


Imagem: BY Colin Staples

sábado, 28 de julho de 2012

Uso e abuso

Eu uso ele sim.
Não é so ele que usa
de mim.

Ele é meu muso
e seria um abuso
eu não abusar.
Nessa história
todo mundo dá
e recebe.
E bebe quem
pensa diferente.
Gente,
ele é uma delícia
e eu também,
deliciemo-nos porém.

E, no momento,
isso é tudo o que
convém.
Aí vem alguém
a perguntar:
"vocês não vão além?"
Além do prazer
você quer dizer?
Onde fica isso: na dor?
Responde o romântico:
"no amor".
Ah, por favor,
não me fale de amor agora.
Amor não tem hora.
Às vezes demora.
Então não chora
a sua inveja
do meu sexo.
É, sexo.
Digo logo na cara.
O que temos são taras
muito bem realizadas.

E se forem todas saciadas
e depois não sobrar nada,
até aqui já valeu.
Só sei que por hora tá bom,
muito bom.
Obrigada, meu Deus!


Da querida amiga poeta, Mariana Valle.

domingo, 22 de julho de 2012

Pra te caber...

Você faz amor com meu coração e goza com minha razão.
Faz morada entre minhas coxas, feitas pra te caber...

Patrícia Rocha


domingo, 15 de julho de 2012

Anoitece.

Acendem-se as estrelas,
Anoitece.
Penso em ti…
Bela. Doce. Nua.
Meus pensamentos voam
Para ti… como astros
Incandescentes
Incendiando a noite.
Vamos cometer todos os pecados
Até que se abram para nós
Todas as portas do paraíso!
Vem… quero-te sorver
ébrio de desejo!
Vem… meu anjo…
Porque chegou a hora
Da nossa divindade!

Poesia do querido, Albino Santos.




sábado, 14 de julho de 2012

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Multicolorido

Queria cores em tudo.

Saiu por aí rodopiando na ilusão de poetizar os abstratos d’alma, colorindo muros, fazendo esculturas de pipas.

Permitiu que a menina guardada dentro atravessasse seus mundos, costurando poesia entre eles.

Talvez fosse isso o que lhe faltava: costurar palavras, dando sentido, enfeitando-as de gente, de calor. 

O mundo real é insosso.
No mundo paralelo, multicolorido, a existência tem sabor de fondue de chocolate com morango.

Erica de Paula

*Imagem: Weheartit

Erica de Paula, por ela mesma:

"Escritora amadora, transita pelas ruas de Paris, sem nunca ter estado lá, pinta no abstrato sentimentos que não cabem em palavras."

Por mim, Patrícia Rocha:

-Pessoa em forma de poesia, um talento em forma de palavras.

Seus Blogs, cantinhos bons de estar!

domingo, 24 de junho de 2012

Não me dou bem com pontos finais.


Eu sempre preferi as reticências, o etecétera. Não me dou bem com pontos finais. O meu coração nunca deu conta de encerrar ciclos, de lidar com perdas, de guardar saudades que não se pode matar. Eu sou assim, um alguém sem fim, entregue, e desejando o abandono. Abandono dos dias já arrancados da folhinha do calendário, das tardes em que o sol ficou cinza, e das noites em que as estrelas resolviam brincar de se esconder. Muito embora, terminar alguém dentro de mim seria o mesmo que me acabar, e isso eu não sei fazer, não. Não aprendi e não quero. Quem vai, sempre rouba um pouco de mim, ou sou eu a permitir que uma parte minha seja levada. É tanta gente que parte, que segue em frente, que passa. Desse modo irei me findar ainda em vida, mas, eu ainda acredito que algum ‘pra sempre’ virá para não acabar e algum infinito irá chegar e não terá mesmo fim. Enquanto isso... vou tentando organizar um espacinho aqui dentro para todo mundo que ainda mora em mim. 

G. Castro



quarta-feira, 13 de junho de 2012

Efeito Colateral


Aproxime-se,
me abrace forte
e depois
afaste-se
olhe pra mim
e ande para trás,
venha
corra na minha direção
pule no meu colo
cruze as pernas no meu tronco
permita-se
sentir antigas sensações inéditas.
Veja
sorria com os comentários
de quem nunca fez isso
e está morrendo de inveja
me beije
sem pausa
sem posse
sem pressa...

Deite-se na rua
deixa-me rasgar sua roupa
nua, você personifica
a melhor musa das pinturas
minha língua quer soletrar cada parte sua
abro seu peito
como quem abre sua blusa
reconheço seu instinto
através do seu cheiro
delícias meu âmago faminto
através do seu prazer verdadeiro
meus dedos detém qualquer tipo de pudor
quando deslizam com firmeza na sua pele
cravo meus dentes no seu pescoço
te conheço desde moço
hoje nosso amor amadureceu
enquanto me vejo nos seus olhos
cravo meus deleites no seu delírio
sinto o seu arrepio
sinta o meu também
enquanto sou conduzido a ser seu invasor
você me pede: faça moradia dentro de mim
faça estadia e histórias
faça amor, faça...assim...

Enquanto te cubro com meu corpo
descubro que faço parte
do seu sussurro
descubro que sou a causa
do seu gemido
entre os laços dos beijos
entrelaço nossas mãos
enquanto exploro minha casa
sinto o tremor da sua carne
ignoro o mundo ao nosso redor
me reconheço
nos seus olhos
nos seus poros
cada vez mais íntimo
percorro suas veias
corro no seu sangue
instigo cada pulsar
faço residência no sua razão
sua emoção surge como casa de veraneio
suspiro nos seus pulmões
alimento seu útero
surpreendo seu sistema nervoso
aqueço seu sexo e lubrifico sua temperatura
sou o cenário da sua imaginação
sou os sinais do seu corpo.

Dentro de você
sou início permanente
sou durante
sou final sem ser derradeiro
sou feito
sou efeito
colateral.

Edu Soares


quarta-feira, 6 de junho de 2012

Moça cheirosa.


“Moça cheirosa permita-me silenciar sua boca com um beijo. 
Pois esse moço tímido pede duas licenças; entrar no seu peito e reticenciar nosso desejo.

Edu Soares




Conheço Edu Soares, há quase 2 anos. E admiro muito seu trabalho. Dono de uma escrita inteligente, sarcástica, engraçada, doce e sensual. Seus textos são ricos em detalhes e nesses detalhes ele me prendeu. Sou fã da pessoa e do poeta.

Onde encontrar seus textos:

No seu Blog Seriguela Amarela

E também no Blog Mulherão



terça-feira, 5 de junho de 2012

Você sempre chega como quem não quer nada...

... e desafia meu querer.
Chega com primeiras, segundas e terceiras intenções.
Sei disso...
Sei que quando meu olha, me vê inteira.
Vê toda transparência, não só da minha blusa... mas me vê por dentro.
E dentro você quer entrar.
E disso eu sei, porque eu deixo, eu quero... te quero dentro de mim.
Ai de mim! Deixar nossa vontade sufocada pela vontade reprimida.
Vejo apenas vantagens nesse nosso entendimento silencioso, apenas visual.

Você desvenda meu destino e meus desatinos,
E enquanto descubro seu instinto, você descobre minha pele,
Tenho tara em gritar enquanto você talha minha carne com unhas, dentes e fome.
Ora te sinto como desbravador, ora como animal selvagem, ora apenas como homem.

Enquanto suas mãos conhecem o mapa do meu corpo, nesse toque febril...
Você tira minha roupa, e mata esse desejo.
(que me mata aos poucos)
E penetra nesse intimo que nos pertence.
Nesse momento em que viramos um só, em que o nosso encaixe é perfeito.
E sem pretexto te deixo mais uma vez entrar, ficar e gozar.
Assim, sou vitima devorada.
Que, sem resistência, se permite ser abatida, metida, fecho os olhos, sinto teu calor dentro de mim sem perceber morro devagar com teu gozo.
Perco alguns segundos, recomponho meus desejos.
E ao acordar
Ganho nova vida
Com o calor dos próximos beijos. 

... 

Observo-te no banho
Vejo sua transparência
E teu olhar natural de indecência
Ai de mim! Não aproveitar o momento.
Você dá uma risada
Ao perceber minhas mãos no teu corpo
Chego de mansinho
Te faço um carinho
Como quem não quer nada...



Edu Soares e Patrícia Rocha











sexta-feira, 1 de junho de 2012

Em mim...


Sempre foi você. 
Em cada ponto
Em cada interrogação
Em cada exclamação
Em cada vírgula e continua nessas reticências... 
Em mim.

Patrícia Rocha